Paraná tem casos de acidentes com escorpiões; especialista alerta para os cuidados

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O Ministério da Saúde aponta que nos últimos 10 anos o número de acidentes com escorpiões aumentou 149,3% em todo o Brasil. O estado do Paraná registrou 2.567 casos em 2024, de acordo com o Ministério da Saúde.
No Paraná existe várias espécies de escorpiões nativos, as principais são os escorpiões marrom (Tityus bahiensis, Tityus costatus, Ananteris sp), e os pretinhos, principalmente do gênero Bothriurus.
O escorpião amarelo, ou Tityus serrulatus, espécie exótica apresenta maior perigo em todo Brasil, sendo a principal causadora dos óbitos, principalmente em crianças.
“É uma espécie de alta capacidade de adaptação a ambientes alterados, como os ambientes domiciliares. De coloração amarela predominante no corpo, pode atingir até 6,5 cm de tamanho total de corpo quando adulto. Tem reprodução por partenogênese, ou seja, não existem machos, somente fêmeas que geram seus filhotes sem necessidade de fecundação cruzada”, explica Amanda Quadros, coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera.
Segundo a especialista, o escorpião amarelo se abriga sob madeiras velhas, lenha, telhas, tijolos, restos de construção, entulhos e principalmente frestas em calçadas, muros, paredes. Amanda alerta que os sintomas da picada de escorpião podem variar de acordo com a quantidade de veneno injetada.
“A gravidade do envenenamento geralmente se manifesta nas primeiras duas horas após a picada. Nos casos moderados e graves há, frequentemente, inúmeros episódios de vômitos, sinal premonitório de gravidade, e manifestações, como alteração da pressão arterial e manifestações cardíacas”, explica.
Sintomas mais comuns:
- Dor local intensa, que pode irradiar para outras partes do corpo;
- Vermelhidão e inchaço na área da picada;
- Sensação de formigamento;
- Suor e salivação excessiva;
- Agitação;
- Movimentos anormais da cabeça, pescoço e olhos;
- Náuseas e vômitos.
Sintomas mais graves:
- Dificuldade para respirar;
- Alterações na pressão arterial;
- Espasmos musculares principalmente em crianças;
- Outros sintomas que podem surgir;
- Agitação psicomotora alternando com prostração;
- Convulsões;
- Insuficiência cardíaca;
- Coma e choque.
De acordo com Amanda, pessoas em grupos de risco, como crianças, idosos, indivíduos com doenças cardíacas ou respiratórias, e pessoas alérgicas, são mais vulneráveis a complicações graves. As maiores vítimas de morte por picadas de escorpião são crianças com idade inferior a 10 anos, segundo dados do Ministério da Saúde.
“Por possuírem um sistema imunológico ainda em desenvolvimento, os pequenos se tornam mais suscetíveis aos efeitos do veneno do aracnídeo. Além disso, normalmente, as crianças podem brincar em locais onde os animais podem se esconder, como embaixo de móveis, caixas e outros objetos. Por isso, em caso de acidente é essencial buscar atendimento médico o mais rápido possível”, alerta a especialista.
Para Amanda, por conta da recorrência desses casos em Santa Catarina, adotar algumas medidas preventivas é essencial.
Confira algumas dicas:
- Limpeza e organização: mantenha sua casa e quintal limpos e organizados. Escorpiões se escondem em entulhos, pilhas de madeira, roupas sujas e bagunça;
- Vedação: certifique-se de que portas e janelas tenham telas em boas condições e de que não haja frestas ou buracos por onde escorpiões possam entrar;
- Uso de repelentes: aplique repelentes de escorpiões em áreas onde eles possam se esconder, como rodapés e ralos, além de vedá-los;
- Calçados e roupas: use sapatos e roupas adequadas ao caminhar em áreas onde escorpiões possam estar presentes. Antes de usar qualquer sapato, certifique-se de que ele não seja esconderijo de escorpiões. Afaste do contato com o chão, cobertas e lençóis, pois o mesmo pode subir na cama.
O que fazer caso seja picado:
- Leve a vítima imediatamente a um hospital ou posto de saúde. Os médicos podem administrar tratamento específico, como soro antiescorpiônico, se necessário;
- Lave a área da picada com água e sabão suavemente;
- Mantenha a pessoa calma e imobilize a área afetada, se possível;
- Não tente cortar a área da picada ou sugar o veneno, pois isso pode piorar a situação;
- Aplique compressas frias na área da picada para aliviar a dor e reduzir o inchaço;
- Se a picada for em uma extremidade, eleve-a levemente para ajudar a reduzir o inchaço.
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Assessoria de imprensa – Anhanguera